terça-feira, 23 de agosto de 2011

Beatificações: alegrias e dores



Fato: a Serva de Deus Floripes Dornelas de Jesus, mais conhecida como Lola,  ao falecer, deixou cerca de 18 alqueires de terras no município de Rio Pomba para a Congregação dos Padres Jesuítas do Brasil , na pessoa do Padre Roque Schneider, que na época – anos 1980 -  era a pessoa que fazia a maior divulgação da devoção ao Sagrado Coração de Jesus no Brasil, por meio da Rede Vida de Televisão e outras publicações.

 O legado foi feito por meio de um testamento, lavrado no Cartório da cidade, que vincula a posse das terras a diversos procedimentos que asseguram o uso da propriedade inteiramente a serviço da divulgação da devoção ao Sagrado Coração de Jesus. 

Com o seu falecimento, em 1999 foi tornado público o testamento e o destino escolhido para sua herança por aquela considerada santa por gerações de riopombenses, no jornal local O Imparcial.
            
Como acontecia do tempo passar - alguns anos - sem que nada fosse feito, uma comissão de amigos da Lola procurou o Padre Roque, que se disse incapaz de cumprir o testamento e, portanto, passava a propriedade para a Arquidiocese de Mariana, que tinha como Arcebispo Dom Luciano Mendes de Almeida.
            
Como mais tempo se passava sem que nada acontecesse, foi proposta a fundação de uma associação, tendo como presidente um dos párocos da cidade, que trabalhasse e viabilizasse a continuidade ao apostolado de Lola. Tal  ideia foi violentamente rechaçada, como se fosse um grande absurdo, pelos padres orientados pela Arquidiocese.
           
 O grupo, sob orientação de um bispo (outro, naturalmente), que lhes assegurou que os católicos podem e devem se associar para empreendimentos benéficos, desde que estejam sempre cumprindo os dez mandamentos, fundou a hoje chamada AACL -  Associação dos Amigos da Causa da Lola - 

Para a decepção e indignação desse grupo, durante os trâmites legais para a instituição da Associação constataram que existiam duas escrituras das terras, em nome da Arquidiocese de Mariana, que tinha como responsável Dom Luciano Mendes de Almeida, então Arcebispo. As escrituras dizem que as mesmas podem ser dispostas conforme parecer dos proprietários, livre de qualquer impedimento, e sem a mínima referência ao testamento.
            
Por diversas vezes foi pedido aos senhores clérigos que fosse sanado tal erro, pedidos que não receberam nenhuma resposta além da desqualificação da Associação e de seus membros pelos padres nos sermões das missas.
           
 Diante desta situação foi dado entrada no Fórum de Rio Pomba de um processo que demanda na justiça, conforme pedido de Lola no próprio testamento (“...que pede à Justiça deste país que cumpra e faça cumprir este testamento...”), que ele seja vinculado às escrituras; não se sabe o porquê de serem duas.
            
Desde então a diretoria da AACL sofre um assédio sem fim, que vai desde a adulação até a ameaça pública de excomunhão para que o processo seja retirado da justiça, o que seria a vontade da Associação se o erro fosse corrigido, mas isso jamais é levado em consideração.

O assédio mais divulgado é o dizer das autoridades da Arquidiocese, em tom ameaçador, que elas, jamais moverão uma palha pela beatificação da Lola enquanto a AACL estiver movendo uma ação contra a Arquidiocese.

O que significa que: por ordem de tais autoridades, a AACL deverá retirar a queixa na justiça, e por consequência, as escrituras continuam sem vínculo com o testamento e, tais pessoas ou outras futuras podem, ou poderão, dar o destino que quiserem às terras.
           
 Esta é a linguagem da mentalidade que quer muito vigorar nos nossos dias, em que as pessoas fazem valer os seus títulos e postos para espoliar outrem; não se trata, absolutamente de uma mentalidade cristã, muito menos própria à autoridades eclesiásticas que demandam obediência.
            
Deve, pois, a AACL obedecer a quem age de maneira totalmente contrária aos princípios da nossa Igreja?

Hoje sabemos explicitamente o motivo da aflição da Arquidiocese de Mariana para que seja anulado o processo no Fórum da Comarca de Rio Pomba: Não poderia haver, absolutamente, a menor preocupação de sua parte pela Causa de Beatificação da Lola, porque, em tal processo, Floripes Dornelas de Jesus figura como vítima, que teve o direito de determinar o destino de sua propriedade, garantido pelas leis do nosso país, roubado.

A grande preocupação e interesse dessas pessoas é o processo de beatificação de Dom Luciano Mendes de Almeida  que figura no processo como responsável pelas razões que fizeram o processo existir.

Aceitará o Vaticano um processo de beatificação em que consta tal documento?

A AACL continua acreditando e vivendo a vida à luz fé recebida do exemplo da Serva de Deus Floripes Dornelas de Jesus, ou seja, acreditamos que o Sagrado Coração de Jesus, que é a Verdade, sempre prevaleceu, prevalece e prevalecerá por todos os séculos, dos séculos....

Tudo por Vós ó Sagrado Coração de Jesus!

                                                       Giselle neves Moreira de Aguiar







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